5.2.03

Onde está o teu 5º Império, ó Poeta? Diz-me, que eu não o encontro. Onde está o teu super-poeta? Onde? Em que recanto da minha sociedade, não da tua, está esse?
Responde-me pois eu só vejo a cápsula vazia. Eu só vejo o domínio do podre e do vazio. A tua ideia esfuma-se como o teu cigarro. O ópio toldou-te a visão, a tua previsão nunca será. És mais um sub-produto. Quero encontrar, sim quero. Mas como encontrar o que não está lá? O que nunca esteve? O que não passou dum momento de delírio no meio da tua nuvem de ideias? Sóbrio. Sóbrio, Poeta. Não ébrio. O que eu sinto e alcanço depende de mim, de mais nada. Vivo assim e viverei, pois recuso-me a ceder a coisas alheias ao meu poder. Tu tentaste racionar as tuas doses, contudo perdeste-te no meio e assim caíste. Não existes....És livros e folhas e tinta...e assim permanecerás...